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terça-feira

Das amigas

Tenho um grupo restrito de amigas que me acompanham há anos e que eu escolhi como parte da minha “família”. Nos meus álbuns aquelas 4 estão sempre lá, ilustrando os momentos mais importantes da minha vida.
Já outras amigas chateiam-me amiúde.


Por exemplo, tenho uma que não sendo empregada por conta de outrem, não sabe nem entende a realidade do mercado de trabalho. Por esta razão cobra com frequência a minha falta de tempo. Como também não tem filhos, levanta-se à hora que quer e toma o pequeno-almoço nas calmas… também não entende esta minha maneira de ser… “apressada”. Quando estou com ela, ela empata-me a despropósito porque não conhece a ditadura do relógio. Ela pensa que tenho 3 horas por dia para "desfrutar", e para mim isso é mais dificil que fazer um número de acrobacia com pratos e focas.
Tenho outra amiga que, ao contrário da primeira, põe o trabalho acima de qualquer outra prioridade. Ela não era assim, mas ficou. De caminho passa os dias a falar mal do trabalho de tudo e todos, é a verdadeira caga sentenças: se é magra é porque dorme com o director, se veste bem é porque está preocupada com futilidades, "a outra teve filhos em má altura... lixou-lhe a promoção", se usa o facebook a meio do dia, é porque… whatever. Está tudo mal à sua volta. O pior é que esta minha amiga deixou de olhar para o seu próprio trabalho e até para a sua vida, porque na verdade só está preocupada com a dos outros.
Tenho outra amiga que não paga renda de casa. A casa foi-lhe ofertada. Bom para ela. No entanto ela não faz mais nada que queixar-se da vida, dos obstáculos, do cansaço, dos problemas… Quais problemas, pergunto-lhe eu? Por amor de Deus, aconteça o que acontecer, o tecto ninguém lho tira! Esta minha amiga também não entende porque é que na minha lista de prioridades a minha filha, marido e trabalho vêm primeiro. Também não sou eu que lhe vou explicar.

Eu não sou perfeita, não tenho tanta pretensão até porque a perfeição é aborrecida, mas às vezes apetece-me dizer-lhes: Parem de queixar-se, parem de cobrar, de cobiçar... “Get a real life!”

2 comentários:

Mariana disse...

Concordo em genero, número e grau, apesar de estas não serem minhas amigas, tenho conhecidos(as) que são exatamente assim....

caniche vagabundo disse...

Pois... há muita gente assim, há! Os humanos são muito insatisfeitos...

E a vida "real" dos outros pode ser muito incómoda para um humano, quando a sua própria vida não o faz sentir totalmente "realizado"!

(Olha, uma boa boa amiga é a Fiona, tenho a certeza!)

Beijinhos

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