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segunda-feira

Da importância de viajar

Nesta vida tive a sorte de ter conhecido 3 dos 5 continentes ainda não tinha 12 anos, tive a sorte de por causa do trabalho ter vivido noutra cidade do mundo, tenho a sorte de ter casado com um homem que é tão “viajeiro” ou mais do que eu. Considero que uma das formas mais importantes de adquirir conhecimentos é pela experiência das coisas. É por isso que viajar é sem dúvida a melhor universidade que podemos ter e nem sequer precisamos de ir longe. Consigo perceber à distância se uma pessoa viaja ou não... e nem precisa de abrir a boca. Nota-se pela postura que os cidadãos do mundo têm em relação à vida, à forma como relativizam, como chegam sempre rápido às soluções mais práticas e lógicas, como não perdem energia em coisas que não interessam. Obviamente que aqui não posso incluir os das carneiradas das excursões, os peixinhos de aquário que vão onde vão todos os outros e os papa-promoções a Punta Cana. Estou a falar sim daquela espécie de gente que se sente tão confortável na índia como em casa, naqueles que se aventuram pelos caminhos estreitos para lá da praça principal, dos que recusam os clubs med para experimentarem um Riad pouco conhecido, dos que metem conversa com as pessoas do café e aceitam um convite hospitaleiro para jantar sem receios. As próprias casas dos “viajeiros” são diferentes... são casas onde não faltam livros, objectos estranhos com uma história por detrás, cores, padrões e texturas diferentes, tanto nas paredes como nos cozinhados. E perdão, mas tempo e dinheiro já não são desculpa. Uma das coisas que mais me delicia é ir andando pela cidade, feita turista, a fotografar tudo, a espreitar para as casas das pessoas, a sentar-me num café pouco conhecido e pedir alguma coisa que não vem no menu. Para viajar basta poder sair de casa... e do circulo de segurança.

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