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sexta-feira

Rituais de ano novo


Todos os anos, nestes dias faço uma série de coisas, ritos, acções que me foram passados pelas gerações anteriores. São superstições como qualquer família tem, mas sem as quais não me sentia segura.
Nos dias que antecedem o ano novo, começo a deitar tudo fora: revistas antigas, extractos bancários, roupa velha, cremes... a carga começa. No último dia do ano ouve-se música desde manhã, queimam-se incensos em toda a casa e fazem-se as últimas limpezas.
À noite, comem-se iguarias e bebe-se champanhe para atrair coisas boas para a mesa do ano seguinte. As 12 passas foram trocadas por bagas de romã.
Os dois rituais mais parvos são: colocar dinheiro a entrar em casa (de forma crescente: fora da porta 10 cents, por baixo da porta 50 cents, dentro de casa 2 euros) e, no primeiro dia do ano engraxam-se os sapatos todos que há em casa.
O mais importante de todos os rituais é perdoar e deixar os ressentimentos no ano velho.

terça-feira

Tão gira...


sou eu daqui a uns anos, com menos rugas, claro... eu sou cliente da Corporación Dermoestética.
Ficam disponíveis hoje nas lojas. Vou ter especial dificuldade em separar-me desta.
Para mais trendy stuff, siga o link.

O dia mais curto


Há 20 posts atrás eu escrevia sobre o dia mais longo. Escrevia sobre um recomeço emocionado, um passo em frente, com outra música.
Aquele passo foi enorme, tão grande que pareceu uma música que não acabava como se estivesse em repeat. Olhando para lá, é com comoção que me vejo naquele dia. Comoção do verbo comover (para quem fala mal português) como me comovem outras tantas coisas.

Comovem-me as coroas de flores depositadas nos rails das estradas e nos postes de iluminação.
Comove-me a soberba, nas pessoas medíocres.
Comovem-me os guarda-chuvas partidos e abandonados no passeio molhado.

Comovem-me os homens de Porche.
Comovem-me os discos riscados e os estores partidos.

Comovem-me os que, acompanhados, estão sempre sós.
Comovem-me os caracóis varridos, no chão do cabeleireiro.
Comovem-me os dogmáticos e os químico-dependentes.
Comovem-me os circos e os canis de cães.

Comovem-me os que almoçam fora, sozinhos.

Desde o dia mais longo até cá, tive de fazer um fast-forward e hoje sou tão completa, feliz e melhor.

Ah, comovem-me também os discos que nunca mais vão passar na rádio e os formatos que não vão ver luzes, nem camera, nem acção.

Hoje é o solistício. Depois de vários meses, amanhã, os dias voltam a crescer.

domingo

Finalmente


ao cabo de mais de 3 anos a viver nesta casa, deixámos de ter um buraco no tecto, que fazia os nossos amigos e visitas desmancharem-se a rir, para termos uma quentinha e útil salamandra. Foi por uma boa razão: gastámos o dinheiro das obras a tentar salvar a nossa primeira cadela, a Fisga. Por isso, a Fiona quis ficar na foto, para lhe prestar homenagem.
A minha anjinha Fisga, está finalmente em paz.

quinta-feira

Voodoo Boxes


Para além das encomendas de Natal, os pedidos de algumas lojas e os novos acessórios, as caixas de voodoo estão a sair fresquinhas e númeradas (edição limitada). 
Têm vela, incensos, boneco e alfinetes, um baralho de cartas, chá e um amuleto.

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