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sábado

O Natal

Eu sempre amei o Natal e este ano não foi excepção, mas estou feliz porque já passou. A minha filha passou toda a quadra doente e continua a vomitar tudo o que come. Entre telefonemas ao pediatra, idas à farmácia, sermões da minha sogra, viagens de trabalho e uma tosse que não me abandona, passou-se mais um aniversário do Jesus. Não consegui comprar prendas para todos. Na verdade fiz as compras num intervalo para o almoço. Não me vesti a rigor. Não mandei postais. Não visitei a minha amiga Rita. Não fomos à Festa da parte da família Fonseca.
Estou realmente sem forças e sinto-me muito doente.

sexta-feira

Clutch para ir rápido às compras...








Feitas em tecido guatemalteco... só levam mesmo o cartão de crédito, o telemóvel e as chaves do carro. Têm uma trancinha multicolor para levar à "tira colo".

quarta-feira

Mais colares novos









As minhas amigas perderam a cabeça e compraram quase tudo o que havia. Agora estes novos e já com pedidos para algumas lojas. Vou criar um directório na frame aqui da esquerda, com as moradas onde podem encontrar as minhas criações, estas e outras.

Aqui fica o Ganesh Pudding que ruma para angola já esta semana, juntinho com o Egiptian trip. Mas ainda há camelos, elefantes e galinhas... não se preocupem!
Ainda estão disponíveis os Chinese Garden e o Buda Pudding.

segunda-feira

Os cartões voodoo


Janelas a poente


O bom de ter uma casa com janelas a poente é que uma tarde de chuva, às vezes, pode tornar-se numa tarde de mil sóis.

A minha filha...


viu o seu primeiro arco-íris.

Lisboa









Lisboa, não se vê... Lisboa sente-se... no banquinho do engraxador de sapatos, que desfia lamentos de saudade enquanto nos abrilhanta os pés ou, nos milhares de pombos a correr, em bando, atrás dos turistas incautos; cheira-se com a sardinha assada pelas ruas do bairro de Alfama; ouve-se no apitar dos eléctricos a pontuarem de amarelo as ruas mais tortuosas, produzindo faíscas ao passar; saboreia-se nos sossegados jardins de Belém onde, num qualquer banco de madeira, nos recostamos para queimar a língua com os pastéis acabados de fazer.

Situada entre sete colinas e na margem norte do rio Tejo, Lisboa tem uma luz especial, reflectida em cada pedra da calçada. Esta cidade tem os taxistas mais ousados e velozes da Europa, com os seus inconfundíveis e ameaçadores bigodes; tem uma dinâmica de divertimento nocturno muito alternativa no Bairro Alto, onde os copos são bebidos nas ruas até de madrugada; Tem lojas centenárias, com logistas, igualmente centenários que ainda nos tratam por “fregueses”.

O cheiro da salga da rua do arsenal, eu diria, quase tão típico como o das febras fritas, engaioladas na carcaça e coladas às montras na praça do Chile. O cheiro da napa dos táxis velhos, mil vezes ressequida pelo sol até à greta, soltando pós de esponja, tão típico como o de óleo de cedro que exala dos antiquários da rua de são bento.

Ninguém conhece uma cidade verdadeiramente até essa cidade ter mudado a vida de quem a visita. As cidades são como as mulheres, tocam-nos profundamente, fazem-nos pensar na vida, depois de interrogações incómodas e levam com elas, à nossa partida, tudo o que temos, deixando-nos apenas com a lembrança do que fomos junto delas. É preciso perder tempo com elas, perscrutá-las com paciência e sobretudo concordar com elas em tudo.

Nenhum viajante conhece uma cidade se não cheirou os seus cabelos, se não se deixou ficar horas numa esquina, apenas para ver passar e se não deixou as suas dedadas (ou até mesmo a marca gordurosa do nariz) nas montras. Não conhece a cidade aquele que não ouviu os seus murmúrios de noite, e as lamentações no autocarro e estórias de banco de jardim.
Lisboa não se vê... sente-se.

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